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26.10.07

Vale estuda criar empresa para transporte marítimo

A Companhia Vale do Rio Doce estuda criar uma empresa de transporte marítimo, para diminuir os problemas enfrentados hoje por seus clientes - dada a carência de navios disponíveis para a entrega de minério de ferro. A informação foi dada hoje pelo diretor executivo de Finanças da mineradora, Fábio Barbosa, que não quis adiantar se a nova companhia será exclusivamente da Vale ou se haverá um parceiro no negócio. Ele adiantou, porém, que a subsidiária de frete seria dedicada ao transporte de produtos entre o Brasil e a China.

Entre os potenciais interessados em uma eventual parceria estariam siderúrgicas estrangeiras que compram minério da Vale. A empresa vende hoje 100 milhões de toneladas de minério para a Ásia, o que representa um terço das transações totais.

Barbosa lembrou que o tema esbarra em uma questão geográfica. Isso porque grande parte das vendas vai para a Ásia, especialmente a China, destino bastante demorado (em média, 45 dias de viagem). Com isso, os navios ficam ocupados por mais tempo, o que reduz a oferta de embarcações disponíveis para contratação.

A Vale financia atualmente a construção de cinco grandes navios graneleiros para atender à sua produção. Além disso, ainda tem em sua carteira três embarcações herdadas da antiga Docenave.


Um comentário:

Anônimo disse...

A Vale do Rio Doce vai investir em frota própria devido à escassez de navios no mercado mundial. O objetivo é reduzir o tempo de transporte de minério do Brasil para a Ásia e para reduzir os custos de frete marítimo. A empresa também estuda criar ou ter participação em uma empresa para transporte de minério, atuando no serviço de frete de longo curso.

Enquanto a empresa não é criada, a Vale investe em expansão da frota. Fechou este ano contrato para uso por 25 anos de quatro navios com capacidade de 388 mil toneladas cada um. Mais um navio está sendo adaptado em um estaleiro japonês para transporte de minério e há ainda três navios que pertenciam à Docenave.

Níquel

A queda do preço do níquel no mercado internacional não atrapalha os planos da Vale para uma das novas estrelas do seu portfólio. Na avaliação do diretor-executivo de Finanças, Fábio Barbosa, a demanda dos países emergentes vai garantir o preço do metal.