Plus500

27.12.07

CESP3 - Cia Energética de SP


As grandes vedetes da semana entre "Natal-Ano Novo" estão sendo as ações da CESP. O rumor de uma privatização ficou mais próximo, com o anúncio no apagar das luzes da véspera dos festejos natalinos. Foi um belo presente para quem acreditou. Embora seja difícil fazer uma análise técnica para um ativo de baixa liquidez, as ações ordinárias de posse do governo do estado foram as mais beneficiadas por garantirem o TAG ALONG. Com o VPA do ativo próximo de R$32, o preço mínimo projetado para o leilão ficaria em R$45. O mercado rapidamente precificou as ações PNB (CESP6) um pouco abaixo deste patamar, com certa margem de segurança.

Mas olhando o gráfico da CESP3, observamos que ela havia fechado o pregão de sexta-feira no alto de sua congestão, para abrir ontem em GAP sem, entretanto, ter atingido seu objetivo de alta segundo os números de Fibonacci. Hoje, logo na abertura puxaram as cotações até lá (R$39) para em seguida iniciarem o movimento corretivo de realização. A pergunta que fica é a seguinte: o papel vai retomar forças para romper seu topo, ou ainda vem fechar o gap que deixou?

As notícias é que vão direcionar o mercado. Quem já detinha o papel, e colocou o lucro no bolso nesta puxada teve uma sábia decisão!

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Abs ^v^

5 comentários:

Seagull disse...

Preço mínimo da Cesp pode subir, diz vice-governador
| 24.12.2007 | 18h32


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Por Daniela Milanese
Agência Estado

O preço mínimo da Companhia Energética de São Paulo (Cesp) pode ficar acima do estabelecido pelas avaliações realizadas pelos bancos Fator e Citibank, contratados pelo governo paulista no início de novembro. As instituições chegaram a valores próximos a R$ 45,00 por ação, ou R$ 14 bilhões pela companhia. Mas o vice-governador de São Paulo, Alberto Goldman, afirmou à Agência Estado que o preço definitivo ainda não está fechado."Não há valor definido ainda, essa é uma primeira avaliação", disse. "Agora, nós vamos fazer a nossa avaliação, levando em conta vários dados que não são esses que estão colocados hoje em cima da mesa." Segundo ele, a definição do valor da Cesp será "o último passo do processo". "Vamos analisar tudo aquilo que existe e também nossa concepção do valor da empresa", afirmou. "(O preço final) dificilmente ficará abaixo desse e possivelmente ficará acima."Conforme o vice-governador, o Fator e o Citibank concluíram que a Cesp teria um valor maior se vendida em bloco único, via leilão na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), e não fatiada, como chegou a ser cogitado. Segundo Goldman, o leilão deve ocorrer no final do primeiro trimestre de 2008.Ele avalia que hoje existe elevada disposição de investidores pelos ativos. "Há um grande número de empresas de energia atuando no mundo todo, inclusive no Brasil, e existem também muitos investidores institucionais com interesse em aquisições."Além da privatização da Cesp, o setor de energia terá outro grande negócio no próximo ano: a venda da fatia do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) na Brasiliana, holding que abriga empresas como a Eletropaulo e a AES Tietê. Também haverá a venda da concessão da usina de Jirau, que, juntamente com a Santo Antônio, leiloada recentemente, forma o complexo hidrelétrico do Rio Madeira. Para Goldman, esses outros negócios não devem afetar a procura pela Cesp. "Há sobras de dinheiro rodando pelo mundo com apetite."A terceira maior empresas de geração de energia do País, com potência instalada de 7,5 mil megawatts (MW), distribuída em seis hidrelétricas, passou por um processo de capitalização, já que o elevado endividamento acompanhou a companhia por vários anos. O vice-governador não soube informar o valor atual da dívida da geradora.DesestatizaçãoGoldman nega que a venda da Cesp signifique a retomada dos processos de privatização do Estado de São Paulo. Segundo ele, a empresa de energia já estava na lista do Programa de Desestatização (PED) há anos, desde as duas tentativas frustradas de venda da companhia, em 2000 e 2001. "Nós temos parcerias (com empresas privadas) nas estradas e no Metrô, mas a operação da Cesp não representa uma retomada das privatizações", disse.O governo paulista está fazendo uma avaliação de todos os seus ativos, o que inclui 18 empresas. Conforme Goldman, o objetivo do governo é "saber o que tem em mãos e, a partir daí, pode-se chegar à qualquer conclusão". "Não há nenhum preconceito para fazer ou não (a privatização), mas a Cesp era a única da lista."O vice-governador afirma que o governo já tem a percepção de que algumas empresas não serão vendidas, como a Sabesp, Nossa Caixa e o Instituto de Pesquisas Tecnologias (IPT). "Não existe qualquer estudo para privatizar essas companhias, nenhuma proposta foi encaminhada ao PED."A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) está investigando se houve vazamento de informação antes do anúncio da decisão de venda da Cesp. Na sexta-feira, as ações PNB da empresa fecharam o pregão com ganho de 8,65%, a segunda maior alta entre os papéis do Ibovespa, cotadas a R$ 36,94. Para Goldman, a possibilidade de privatização da Cesp "não era nenhum segredo". Mas ele avalia que a CVM deve fazer o seu papel e averiguar se ocorreu algum vazamento.

Seagull disse...

Receita da Cesp saltará em 2013
Vanessa Adachi
Valor Econômico
27/12/2007

A Cia. Energética do Estado de São Paulo (Cesp), com privatização prevista para o primeiro trimestre de 2008, está longe de ser um ativo qualquer do setor elétrico. Um verdadeiro mico alguns anos atrás, quando estava afundada em dívidas, a empresa foi saneada e tem capacidade para gerar sozinha mais energia do que as duas hidrelétricas projetadas para o rio Madeira. As seis usinas da Cesp têm capacidade instalada de 7,46 mil megawatts (MW). As hidrelétricas de Santo Antônio, recém licitada, e Jirau, terão 6,45 mil megawatts.

Depois que o Conselho Diretor do Programa Estadual de Desestatização (PED) aprovou na sexta-feira a privatização da empresa, dissipando dúvidas que ainda existiam sobre os reais planos do governo paulista, analistas e investidores voltaram de vez sua atenção para o potencial da companhia num cenário futuro de escassez de energia. Ontem, as ações da empresa dispararam. Os papéis PNB (mais líquidos) subiram 15,21% e as ações ON tiveram forte valorização de 26,62%, à medida que os investidores ajustavam os preços de acordo com a expectativa de preço mínimo no leilão.

Além da sua enorme capacidade de geração - quarta maior do país em potência instalada e terceira em energia produzida -, um ponto em especial passou a chamar a atenção do mercado financeiro. A empresa já contratou a venda de toda a energia que produzirá até 2012. Mas o que poderia ser considerado um fator de segurança, limita o seu faturamento.

A empresa fechou contratos no leilão de energia velha de 2004 e estima-se que o preço médio seja de R$ 70 o megawatt-hora (MWh). No leilão de energia velha mais recente, no entanto, o MWh saiu a R$ 109, enquanto no mercado livre o preço está na faixa de R$ 130 a R$ 140. Ou seja, a Cesp deve ter um salto expressivo de receita a partir de 2013, com novos contratos. E esse fator só a torna mais atrativa.

Esse salto esperado na receita ainda não está totalmente computado no preço atual do papel. Neste ano, a sua receita bruta deve ser de R$ 2,6 bilhões. Em um relatório da Merrill Lynch, o analista Felipe Leal afirma que o seu preço alvo de R$ 45 para a ação PNB incorpora um MWh de R$ 110. "Nós estimamos que cada R$ 5/MWh a mais no preço de energia aumenta a avaliação de Cesp em 4%", escreve ele.

Outro fator ainda não incorporado às cotações e que é um grande atrativo para o comprador são os créditos fiscais acumulados em função de prejuízos passados. Estima-se algo como R$ 2 bilhões.

Nos últimos dois anos a empresa promoveu uma grande reestruturação financeira. Seu endividamento, que estava na casa de 9 vezes a geração de caixa caiu para cerca de 5 vezes. E a meta para 2008 é chegar a um índice de 3,5. Todo o caixa livre tem sido destinado ao abatimento dos débitos.

Os esforços para reestruturar as finanças da Cesp, já com vistas à privatização, ainda no governo de Geraldo Alckmin, incluíram uma emissão de debêntures, uma oferta primária de ações e uma capitalização do governo com recursos da venda da Ceteep. O pacote total, entre capitalização e alongamento de dívida, foi de R$ 5 bilhões.

Muito tem se especulado sobre a data e o preço mínimo do leilão. O comunicado divulgado pela Cesp na sexta-feira fala em privatização no primeiro trimestre. Mas o Valor apurou que o cronograma com que o governo trabalha atualmente prevê a venda em fevereiro. Quanto ao preço mínimo, o Banco Fator, contratado para fazer a avaliação do ativo, indicou algo próximo a R$ 45 por ação. O Citi, responsável pela modelagem da venda, apontou um preço um pouco inferior, em torno de R$ 43, com vistas a atrair mais compradores. Já o governo de São Paulo tem dado sinais de que gostaria de ver o preço mínimo acima dos R$ 45, mais próximo a R$ 48 ou R$ 49. Seja como for, no mercado financeiro ninguém acredita que o comprador levará a empresa por menos de R$ 50 por ação. O novo controlador ainda terá que fazer oferta aos minoritários donos de PNB. Mas a oferta aos detentores de ON "é dúvida".

Seagull disse...

Aneel: para vender Cesp, governo precisa de autorização
| 26.12.2007 | 16h04


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Por Gerusa Marques
Agência Estado

Para poder levar adiante o processo de venda da Companhia Energética de São Paulo (Cesp), aprovado na sexta-feira passada pelo Conselho Diretor do Programa de Desestatização (PED), o governo paulista terá que apresentar à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) um pedido de anuência prévia para a transferência do controle da empresa e obter do órgão regulador a aprovação do negócio.

Segundo a agência, há cerca de dois anos o governo paulista, que é controlador da Cesp, já havia apresentado um pedido similar e obteve o sinal verde da Aneel para a venda da geradora. O leilão, porém, não chegou a ser realizado. Agora, a diretoria da Cesp consultou a Aneel sobre a possibilidade de aproveitar a mesma autorização, mas a agência exigiu um novo processo de anuência.

A Cesp é a terceira maior empresa de geração de energia do País e deverá ser vendida inteira, em um único bloco, incluindo as ações ON e PNB, que pertencem à Fazenda do Estado de São Paulo. A expectativa é de que o leilão ocorra no primeiro trimestre de 2008.

Seagull disse...

CVM investiga se houve vazamento sobre Cesp


Por Alessandra Saraiva

Agência Estado A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) está acompanhando o processo de venda da Companhia Energética de São Paulo (Cesp), aprovado pelo Conselho Diretor do Programa de Desestatização (PED) na última sexta-feira, para investigar se houve vazamento de informação antes do anúncio.

A CVM informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que é praxe da autarquia acompanhar casos desse tipo e investigar se houve movimentação anormal das ações antes da divulgação do fato, por meio da Superintendência de Relações com o Mercado e Intermediários (SMI).

A CVM ressaltou que ainda não há informação concreta se houve mesmo vazamento de informações sobre o tema, nem se a movimentação das ações foi mesmo atípica. O acompanhamento servirá para investigar essas possibilidades, de acordo com a autarquia. Na sexta-feira passada, as ações PNB da Cesp subiram forte desde a abertura do pregão na Bolsa de Valores de São Paulo e fecharam em alta de 8,65% a R$ 36,94, com volume financeiro de R$ 187,923 milhões.

Seagull disse...

Rentabilidade das elétricas é negativa em R$ 2 bilhões
Maurício Capela
Valor Econômico
27/12/2007

A retomada do crescimento econômico e a melhora da percepção de risco do Brasil no exterior ajudaram, mas ainda não foram suficientes para tingir de azul a rentabilidade das empresas brasileiras privadas do setor de energia.

Segundo levantamento da Stern Stewart & Co, em parceria com o Instituto Acende Brasil, esse grupo de companhias registrou uma rentabilidade negativa de R$ 2 bilhões no ano passado, 50% menor que os R$ 4 bilhões negativos de 2005.

A rentabilidade das empresas foi medida segundo o método Valor Econômico Agregado (EVA, na sigla em inglês). E, de acordo com a Stern, esse índice foi escolhido, porque o EVA é capaz de incorporar o custo de oportunidade do capital.

"Essa ferramenta mede a geração ou destruição de valor de uma companhia, que pertence a um segmento que é intensivo em capital", explica Augusto Korps Junior, diretor-gerente da Stern no país, ao Valor.

O estudo, feito pelo segundo ano consecutivo pela Stern Stewart e pelo Instituto Acende Brasil, engloba 66% do mercado de distribuição de energia, 8% do faturamento do setor de linhas de transmissão e 28% do volume de energia gerado pelas companhias brasileiras. Não há dados de estatais no levantamento.

"Apesar da rentabilidade negativa ter caído no ano passado, o fato é que o indicador tem ficado no vermelho desde 1998. E isso aponta para uma insustentabilidade do setor de energia no país", afirma Cláudio Sales, presidente do Instituto Acende Brasil.

O executivo informa também que o mesmo indicador aplicado entre as companhias americanas do setor e também entre corporações japonesas mostra um EVA próximo do zero. Já na Europa, o índice é positivo.

Em outras palavras, quando a relação entre custo de capital e retorno sobre o capital empregado, que é a base do EVA, aproxima-se de zero, indica que os recursos investidos no setor têm compatibilidade com o risco do negócio. No caso do segmento de energia no Brasil, há uma diferença de 10 pontos percentuais entre a rentabilidade mínima exigida e o cenário atual.

Mesmo revelando ser difícil fazer qualquer projeção, porque o cálculo do EVA leva em consideração o desempenho das companhias, o cenário macroeconômico e as questões regulatórias e setoriais, Sales arrisca dizer que é natural esperar uma melhora da rentabilidade dos grupos privados do país em 2007.

"Há uma tendência de melhora, mas existe também a dúvida se este viés se sustenta nos próximos anos", lembra o presidente do instituto. O temor de Cláudio Sales é que, por exemplo, as revisões tarifárias do setor de energia comecem a apontar para uma relação com o custo do negócio.

O executivo da Stern Stewart no país lembra que a rentabilidade negativa acumulada, entre 1998 e 2006, é de R$ 62 bilhões. Mas esse número deste período pode ser até maior. Para isso, basta corrigir o indicador pelo índice de inflação, o IPCA, que a rentabilidade negativa acumulada alcançaria os R$ 81 bilhões.

O presidente do instituto conta que o apagão de energia de 2001 também contribuiu na composição dessa rentabilidade negativa. Isso, porque se esperava que o consumo de energia voltasse rapidamente aos níveis pré-racionamento. Mas isso só veio a acontecer em 2005. "A recuperação foi lenta e a retomada de receita seguiu o mesmo compasso", afirma Cláudio Sales, acrescentando que a idéia é repetir este estudo a cada ano.

O levantamento da Stern Stewart afirma que para alcançar a rentabilidade adequada ao custo de capital, qualquer setor da economia precisa combinar algumas variáveis. Além de realizar os investimentos necessários, é preciso ter um ambiente que propicie a geração de empregos, que garanta a infra-estrutura para o suporte do crescimento da economia e que aumente a competitividade do país no mundo.