Plus500

8.1.08

A hora e a vez de cada Ação

Quando as blue chips disparam, o mercado se alavanca pelo peso de Vale, Petro, Usim, Bradesco, Itaú no Ibovespa...

Setorialmente costumam andar juntas (ou de forma semelhante) as siderurgicas, seja Usiminas, CSNA, Gerdau. Os bancos também: geralmente, com pequenas defasagens, se movem BBDC, ITAU, UBBR, BBAS. O mesmo acontece com as elétricas CPFL, LIGT, ELET que permitem algumas arbitragens com o spread entre elas. Ou a chance de alternar a posição na carteira em função de um resultado mais expressivo de uma em particular. Mas a regra geral é que todas se mexem no mesmo sentido.

Vale e Petro são casos a parte, não havendo empresas concorrentes de portes similares, elas oferecem operações com seus pares (ON x PN) ou estratégias combinando suas opções, e, eventualmente, podem subir levando o índice, enquanto as outras menos badaladas ficam paradas - ou até perdem valor. Analogamente, quando corrigem abrem espaço para outras ações subirem na contra-mão do índice.

Vimos o caso da injeção de recursos na TELB, depois foram as notícias de desestatização da CESP - que fizeram suas cotações avançarem, e agora quem surge novamente com força são as ações da Telemar (e a Brasil Telecom) que andavam meio esquecidas, mas com o processo de fusão em andamento. Como elas ainda tem opções negociáveis, mesmo com a diminuição na liquidez, o poder de alavancagem é grande.

Mas se não somos insiders como é possível "mapear" estas movimentações? A análise fundamentalista considera os números das empresas, que são relativamente estáticos, e sofrem alterações apenas na confecção de seus balanços a cada exercício fiscal. Apesar de questionarmos a veracidade, ou não, dos resultados apresentados (que em via de regra atendem aos interesses de seus controladores), o grande público só toma ciência depois de suas liberações. Da mesma forma ocorrem os acertos de bastidores. Não dá para competir em condições de igualdade com quem define o rumo das coisas.

Mas sendo "beiradistas" no mercado, temos como referência os gráficos e as variações atípicas de volume que podem ser bons indicadores. Se não há como antecipar o início da movimentação, ao primeiro sinal mais forte que demonstra nitidamente alguma anormalidade, esta é a hora de ficarmos atentos e pegarmos uma "carona no foguete". Mesmo correndo o risco de um alarme falso, no caso de uma manobra especulativa com intuito dos majoritários desovarem parte de seus papéis, sempre há oportunidade de darmos uma beliscada. E com os stops bem posicionados ficamos precavidos.

A questão é o timing! O que não dá é para entrar no fim da fila, quando já estão terminando a festa, e ficarmos sujeitos a pagar a conta. Nestas situações, como na maioria das vezes, a senha é acompanhar a lei da oferta e procura. Qual será a próxima a disparar?

^v^

2 comentários:

Seagull disse...

Não dá para deixar de olhar o gráfico do DJIA . No intradiário já está devolvendo o que ganhou na abertura.

A volatilidade continuando é bom para daytrades, mas fica altamente perigoso se não tiver cautela ao entrar e muita agilidade para sair. A tendência de CP parece ter mesmo revertido e está apontando para baixo.

Por aqui deu compra boa na violinada do suporte ontem, hoje abriu em GAP, e a coisa pode querer inverter seguindo a matriz! ;-)

Seagull disse...

Mas a próxima a disparar não poderia ser a Telemar? E/ou a BrT?

;-)