Plus500

28.2.08

ADRs - PBR e RIO


Olhando as nossas ADRs cotadas em dolar, os papéis da Petro já romperam o TH, e confirmando o abandono da congestão projetariam a faixa de U$160. Há também que se levar em conta, além do preço da commodity, a variação do câmbio. Do jeito que o real aprecia, a valoriação do papel na Bovespa tem que ser maior ainda para acompanhar o preço em Wall Street.

A Vale, nesta disputa pela Xstrata, ainda tem um espacinho até o topo. Mas, se levar paga e desembolsa o preço da aquisição, e se não ganhar fica capitalizada - mas com jeito de quem perdeu um grande negócio. Esta transação está bastante complicada, pela influência do governo brasileiro que não gostaria de ver as contas externas do país se inverterem novamente , e ainda pelo histórico da principal acionista (Glencore) da mineradora suíça.

2 comentários:

Seagull disse...

Vejam o que escreveu o Samuel (5 Pesos de 2 K) no blog do LB sobre a negociação da Vale com a Xstrata:
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Samuel Ramos disse...

Essa negociação está muito estranha.

O valor que estão pagando pela empresa é pelo valuation de antes da crise no mercado de crédito, certamente não seria um bom timing fazer agora, e nesse preço.

E o dono da Xtrata, Mark Rich, bom esse é um caso à parte.

O cidadão fugiu dos EUA por negociar com o Irã (e depois o Iraque) em meio ao embargo americano, envolveu-se em uma porção de outras negociatas, até receber perdão presidencial do Bill Clinton, no último dia de seu mandato, e coincidentemente, após a mulher do Rich ter doado uma pequena fortuna ao partido democrata.

Um negócio no mínimo nebuloso.

Seagull disse...

Mais uma matéria publicada hj:

Oferta da Vale pela Xstrata pode entrar em colapso devido a impasse, diz "FT"


da Folha Online

A oferta de compra feita pela Vale do Rio Doce à suíça Xstrata pode entrar em colapso depois que a Glencore (principal acionista da Xstrata) se recusou a aceitar os termos da oferta, segundo reportagem do diário britânico "Financial Times" desta quinta-feira.

Segundo a reportagem, a Glencore exige uma extensão expressiva de seus direitos aos lucros na comercialização de commodities (incluindo níquel e carvão) em um acordo que já possui com a Xstrata. Fontes ouvidas pelo diário informaram que a Vale não concorda com os novos termos para efetuar o negócio.

No domingo, o jornal britânico "Sunday Times" havia informado que a Vale e a Xstrata estavam próximas de fecharem um acordo, que poderia sair ainda nesta semana.

A reportagem lembrava, no entanto, de complicações que poderiam "atrasar o negócio" --entre elas a exigência da Glencore, de ficar com uma parte considerável das ações do grupo criado pela fusão entre as duas empresas e também pretende garantir os direitos de comercialização da produção de níquel do grupo.

Dos quase US$ 90 bilhões que seriam pagos pela Vale à Xstrata, US$ 30 bilhões seriam em ações preferenciais da mineradora brasileira. Para a compra, a Vale, maior produtora de minério de ferro do mundo, deve obter financiamento de US$ 50 bilhões junto a um consórcio de bancos de investimentos liderado pelo HSBC e pelo Santander.

O governo teme que a proposta da Vale possa colocar, no futuro, a mineradora brasileira em poder de estrangeiros. A empresa foi privatizada em 1997 e o governo tem ingerência nas decisões do conselho da Vale através do BNDESPar --braço de investimentos do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e o Previ --fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil-- fazem parte do bloco controlador da Vale.