Plus500

12.3.08

Índice Futuro - LOG


Olhando o gráfico diário do índice futuro para vencimento em abril na BM&F, observamos no pregão de ontem que o suporte em 60.500 atuou de maneira incontestável. O engolfo do candle anterior pode ter definido um ponto de reversão (price rejection?) confiável, mas temos que ficar atentos à continuidade do movimento.

No post abaixo me referi aos efeitos de notícias contraditórias. A percepção do investidor nos leva a filtrar apenas aquilo que gostaríamos de ouvir de acordo com nosso posicionamento. É preciso separar o fator emocional das tomadas de decisão e agir de forma isenta para não comprometer o resultado das estratégias, sejam elas de curto, médio ou LP.

Hoje, como não poderia deixar de ser, muita coisa está acontecendo pelo mundo. Os EUA tentam digerir melhor o anúncio da proposta de medidas, mas no setor financeiro, agências imobiliárias e seguradoras permanecem brigando para não se tornarem insolventes. Apesar dos pesares, o mercado ainda resiste em antecipar uma queda maior para os juros de longo prazo, e o discurso do presidente do Fed na sexta-feira ganha novas dimensões pelos desafios que a economia americana vem enfrentando para resistir às causas e efeitos da crise instalada.

No Japão foi divulgado um crescimento acima das expectativas do PIB no trimestre (que ajudou as bolsas asiáticas a fecharem em alta), os mercados europeus registram mais valorização nos seus índices, e, nas commodities, o preço do barril de pétróleo dá uma trégua (mas permanece acima de U$107) enquanto as mineradoras continuam negociando possíveis fusões.

Aqui no Brasil, os dados do IBGE sobre o crescimento de 5,4% no PIB em 2007, levou o governo a "soltar foguetes" em comemoração do melhor resultado desde 2004. Mas ainda existe um certo suspense sobre a questão cambial, com a possibilidade de maiores intervenções no dolar para conter a apreciação do Real. Tudo para tentarem aliviar a barra dos exportadores. Mas cá para nós: interferir no livre mercado, mudar de súbito as regras do jogo, ainda mais ameaçando taxar a compra de títulos públicos por estrangeiros, é sempre um movimento delicado. Principalmente do jeito que o dinheiro "esperto" anda arisco.

Também deve ser votada no Senado a procedência da MP 396, que pode alterar o quadro de licitações no que diz respeito ao controle de empresas privadas por estatais. A alta de ontem nos papéis da Eletrobrás anteciparam a possibilidade de sua aprovação torná-la mais flexível. E o dia do leilão da CESP vai chegando com pelo menos 5 interessados em adquirí-la. Apesar disto, as suas cotações caem com a previsão de que consórcios sejam formados e um acordo estabeleça o arremate final pelo preço mínimo. Sem as subsidiárias da Eletro?

Na seção de micos, depois da expressiva valorização de ontem nas ações das Docas Imbituba (IMBI4), hoje é a Telebras (TELB4) que sobe mais de 15%. Quem gosta disso, e acredita em milagres, deve estar mesmo muito feliz!

Enquanto isso, voltando a nossa realidade, o Ibovespa belisca os 63k, com destaque novamente para as Lojas Renner (+6%), as siderúrgicas (CSN, Usiminas e Gerdau), empresas de telecomunicações (Vivo, BrT), Sadia e Pão de Açucar, com as boas perspectivas de aumento no consumo interno, além de ALL e TAM.

Nenhum comentário: