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3.7.08

As boas pagadoras de dividendos

À pedido do Lívio Nakano, vou editar aqui uma matéria da revista IstoÉ - Dinheiro, que aponta em números quais foram as empresas com ações negociadas em bolsa que foram as melhores no quesito "distribuição de dividendos" ao longo dos últimos 10 anos.

Cabe aqui antes uma ressalva de minha parte, porque na tabela apresentada eles relacionaram o valor absoluto pago em dividentos referente ao lucro auferido pelas empresas durante os exercícios fiscais considerados no período de amostragem.

No meu entendimento, mais importante do que estes valores isoladamente, o que se torna representativo é, acima de tudo o Dividend Yield. Isto só é comentado no final da matéria, sem uma tabela comparativa entra as ações, que espelhe com maior fidelidade o quando rendeu o investimento do acionista, uma vez que o DY associa o preço da ação aos proventos pagos, e isto muda a cada ano, em fução das cotações de mercado e projeções de lucro.

Além do valor pago em dividendos, o investidor deve considerar a periodicidade na distribuição, que pode variar conforme a política de cada empresa. Há quem pague dividendos anuais, semestralmente, a cada três meses (como a Gerdau) e até de forma mensal, como é o caso de alguns bancos (Itau e Bradesco, notadamente)

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Muita gente anseia por uma aposentaria tranquila, somando aos benefícios do INSS os dividendos recebidos com suas ações. Existem empresas generosas com seus acionistas na distribuição de seus lucros. Elas repartem uma parcela maior do que os 25% obrigatórios do lucro líquido. Suas ações são ideais para quem não quer saber do dia-a-dia do mercado e precisa de uma boa renda para viver.

A consultoria Economática fez um levantamento sobre as 20 empresas que mais pagaram dividendos para seus acionistas nos últimos dez anos. De 1997 a 2007, as 20 melhores pagadoras destinaram aos acionistas R$ 187,1 bilhões de um lucro líquido total de R$ 449,3 bilhões. Os números foram atualizados pela inflação. Em média, o chamado pay out (parcela do lucro reservada para distribuição) foi de 41,6%. Algumas empresas chegam a distribuir muito mais do que o lucro auferido. É o caso da Telesp, primeira no ranking, que entregou 19,4% a mais do total do seu resultado. Nesse estudo, foram retiradas as companhias que deram prejuízo em alguns desses anos.

Afinal, quando se pensa em dividendos, o importante é a consistência no longo prazo.

Um dos primeiros fatores que saltam aos olhos é o lucro líquido. Quanto maior ele for, mais o acionista irá receber, certo? Errado. Ter um resultado excepcional não é sinônimo de melhor divisão. As empresas colocam na ponta do lápis quanto do lucro precisam reinvestir no seu negócio para continuar gerando resultados. Petrobras e Vale são casos típicos da necessidade constante de reinvestimento na aquisição de novos maquinários para extração das matérias-primas. Acumularam lucro de R$ 163,7 bilhões (Petrobras) e R$ 73 bilhões (Vale) nesses dez anos. Mesmo assim, aparecem na 11ª e 18ª colocações entre as boas pagadoras. Por outro lado, a Eternit, que lucrou R$ 708 milhões, devolveu 104,7% ao investidor.



Outro critério que o investidor pode utilizar é analisar o chamado dividend yield, que mostra a porcentagem do dividendo pago sobre o valor da ação. “O dividend yield ajuda o investidor a escolher empresas conforme a expectativa de ganho. As maiores pagadoras são as transmissoras de energia. Levando- se em conta o IBrx do ano passado, a Transmissão Paulista (13,81%), a Eletropaulo (11,69%) e a CPFL (9,68%) foram as que mais pagaram por esse critério.


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