Plus500

9.10.08

New crash, new hopes, new order

É desnecessário ficar se repetindo... mas uma melhora eventual do cenário não é para empolgar ninguém. A crise não tem prazo (assim como as aplicações de quem investe) para terminar. O que expira são opções, contratos futuros vencem e a paciência dos que ficaram comprados também pode acabar.

É preciso cautela... hoje recupera, amanhã pode cair de novo. Esta é a única certeza em dias de incerteza...

A nosso favor temos que estar cientes que nada dura para sempre. O período de alta volatilidade ainda vai prevalecer. O mercado antecipa tudo, as medidas estão sendo tomadas, os dirigentes e bancos centrais têm recursos e experiência em lidar com adversidades.

Viveremos uma fase recessiva, muitas instituições vão ainda sucumbir, mas tudo passa. O dolar deve continuar perdendo valor internacionalmente, não se mostra como um bom instrumento de reserva, e este pico que está sendo atingido tende a se ajustar em breve. Quem for especular com câmbio, mesmo na compra de moeda estrangeira, pode estar cometendo o mesmo erro de Sadias (?), Aracruzes (credo) e outras que ainda não acusaram o golpe, mas sentiram...

Continua

2 comentários:

Anônimo disse...

Caro Seagull:
Andei meio sumido por causa do trabalho, mas continuo acompanhando, quando possível, o blog.
Nestes tempos de crise, passei a matutar sobre um truísmo, o de que "ações são um bom investimento para longo prazo".
Serão mesmo? Não sei se vc ou algum outro blog que acompanho (CHR? Longwave?), há tempos postou um pequeno texto (não sei um desses "papas do investimento" ou se tratava de uma pesquisa de um economista qualquer) afirmando que tal assertiva tratava-se de um falso truísmo, pois a renda fixa teria sido nos E.E.U.U a melhor aplicação, tudo fundamentando com dados econômicos. (isso nos E.E.U.U, imagina aqui!)

Pois bem, decidi fazer uma comparação entre o rendimento do IBOV com o CDI por aqui. Por falta de tempo (e um pouco de preguiça), acabei utilizando-me dos dados fornecidos pela Geração Futuro em seu site (item carta mensal aos investidores). Assim, embora as datas iniciais utilizadas como referência sejam aquelas do início dos diversos fundos da GF, isto não impede o uso destes dados para uma comparação da valorização entre o CDI e o IBOV.

De se observar que os dados constantes no site têm por data final 03/10/08 e, então, diminui 20% no valor do IBOV, haja vista a queda desta semana.
Assim, temos os seguintes rendimentos para quem aplicou nas seguintes datas (data - ibov%- cdi%): 18/06/97 247 x 615; 11/2000 183 x 240; 04/01 203 x 221; 10/02 388 x 148; 09/03 163 x 104; 06/04 103 x 81; 10/04 60 x 72; 10/05 20 x 45; 04/06 -8 x 32.

Portanto, quem aplicou em junho de 1997 ou em novembro de 2000 em uma carteira indexada ao Ibov ganhou menos do que aquele que aplicou nestas datas em uma indexada ao CDI.
Resumo: parece-me que o ponto fulcral da lucratividade maior da Bolsa depende fundamentalmente do "acerto" no momento de entrada (e de saída) do mercado, nada tendo a ver com a questão do prazo que se deixa o dinheiro investido. Logo, imprescindível se socorrer da análise técnica. O prazo refere-se exclusivamente à possibilidade de se poder deixar o dinheiro na bolsa por mais tempo enquanto se aguarda o momento certo da saída...
Desculpe-me o tamanho do comentário (e se você quiser pode até deletar ou editar), mas achei que poderia ser interessante para a discussão dos leitores.
Abraço,
João Bautista.

Seagull disse...

Oi Joao!

Seu comentário é muito bacana e oportuno. São mensagens como esta que agregam valor a qualquer espaço, e tenho como uma honra vc dedicar um tempo para compartilhar seus pensamentos neste humilde blog.

A casa é sua!!!

Veja, quem recordo ter feito estas abordagens é o Zarautz. Uma pessoa com a sua experiência na área empresarial e diplomática, deve ser respeitada. Seu estilo de investimentos sempre foi extremamente conservador, adepto da menor exposição aos riscos.

Considerando uma janela de muito longo prazo, e seus ciclos "up and downs" a tendência seria mesmo para um empate técnico.

A renda variável é sujeita ao conceito do drawdown. Após atingir seus picos, fatalmente "devolve" parte dos ganhos.

O Marcio Noronha explicou em recente entrevista que o buy and hold de ações é imbatível para que entra no início de um ciclo. E, se estes ciclos existem, devemos procurar nos beneficiar deles, defendendo e apropriando os ganhos acima da curva!

A melhor defesa do patrimônio é realizar os lucros. Derivativos e outros instrumentos técnicos podem minimizar perdas, mas são ineficientes diante de um movimento de queda com esta magnitude.

Historicamente, a bolsa odferece rendimendos superiores à RF. Desde que a alocação de capital se faça na hora certa. Quem entrou antes de maio vai demorar muito para reavaer seus investimentos.

Por outro lado, aqueles que compraram em 2002/03/04 e no início deste ano (não digo no topo de 74k!) ainda na faixa de 68/70k soube embolsar os fartos ganhos, pode agora até pensar em refazer a posição - mesmo que esta ainda venha a perder um pouco no C/MP.

A gordura era tanta, que baixar o custo em 50%, seria uma grande sacada. Pode acir mais? Sim! Deve? É possível.

Mas quem quer acertar mínimas e máxima estará sempre sujeito a frustrações.

Melhor trabalharmos na média: não que correr riscos (na verdade menores riscos) aplica em RF. Possui relativa tolerância e pode manter um acompanhamento efetivo do mercado (não diariamente, mas dos longos movimentos) pondere o patrimonio. O grande perigo é para aqueles que se rotulam muito "agressivos" e investem perto de 100% do patrimonio em ações.

Eu nunca excederia 40%... quando chegamso ao topo esta parcela era inferior a 6% do total.

Agora comecei a pensar em recompor uma carteira. mas com que ativos? Serão Petro e Vale as bluechips da próxima década. Podem ser... mas assim como o mundo muda, mudam as certezas e quebram-se paradigmas.

Posso pedir um favor: leve estes seus insights ao Fórum Monitor Financeiro quando tiver disponibilidade.

www.monitorinvestimentos.com.br/forum

Certamente mais interlocutores poderão opinar.

Assuntos desta relevância enriquecem qualquer espaço, da mesma forma que aumentam nossos conhecimentos, nos levam a relexão e faz de todos pessoas melhores, capazes de evoluir em seus conceitos sedimentados ao longo da vida.

Muito obrigado por reaparecer.

Seria uma enorme satisfação vê-lo com mais frequência!

Grande abraço

^v^