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1.12.08

O medo da perda

“Para o investidor, a questão fundamental que precisa ser resolvida, assim que uma abordagem viável de fazer investimentos for dominada, é o medo da perda. Expondo o problema de modo sucinto, a questão para o investidor é se é possível dissociar, sob o ponto de vista psicológi­co, as metas de lucratividade a longo prazo dos traumas imediatos e de curto prazo causados pelas perdas.

No filme Wall Street, Gordon Gekko expõe apropriadamente o dile­ma: "Nada arruina tanto o meu dia como um prejuízo". De maneira geral, os investidores costumam ver o prejuízo da seguinte forma:

Recusa. Não é de surpreender que a maioria dos investidores não esteja conseguindo os resultados que deseja no mercado. A razão que me levou a essa conclusão é que a maior parte deles opta por investir com os olhos fechados, os ouvidos tapados e o sistema nervoso desliga­do. De que outra maneira você poderia tolerar um investimento que vai contra você, dia após dia, sem riscos definidos, até que o problema fiquetão grave que mesmo o analgésico psicológico que você toma por conta própria já não pode mais afastar a dor? A recusa não ajuda em nada.

Inatividade. Como diz o velho ditado: "se você dormir no chão, não pode cair da cama". Infelizmente, muitos investidores agem dessa ma­neira para evitar riscos. Se você não disparar o gatilho, não terá como errar o alvo. Mas a verdade é que você tem de sacar o revólver e mirar — sabendo no que está atirando — antes de puxar o gatilho com con­fiança. Nos investimentos, quando você desenvolve uma abordagem que define um enfoque específico e se prepara psicologicamente para en­frentar uma perda (o medo real), entendendo que esta não é apenas inevitável, mas essencial, você adquire a convicção de que deve explorar as oportunidades do mercado, e não deixá-las escapar. Quando perder oportunidades se torna mais frustrante do que per­manecer inativo, os investidores começam a disparar os gatilhos e a acertar os alvos!

Confusão. A confusão e a incerteza resultam da falta de uma conduta bem-defínida e elaborada antes de se fazer um investimento. Você deve reconhecer que reavaliar os custos das férias de sua família no momen­to em que está passando por um período difícil não é uma excelente estratégia de investimento. Quanto mais emoções puder afastar de seus investimentos, maior será sua lucidez para tomar as decisões no merca­do. Jeffrey Silverman deixou isso bem claro em uma entrevista para o livro O jogo interior dos investimentos: "Evitar que qualquer emoção in­fluencie sua tomada de decisão é uma questão de disciplina (...) Não aja de maneira emocional ao entrar em um negócio — livre-se da emoção que sente em relação à sua posição e liberte-se da emoção quando dei­xar o negócio".

Raiva. Reagir ao mercado com raiva é como prender a respiração es­perando que o vizinho fique roxo. Não funciona! Sua raiva não modifica­rá o prejuízo de maneira positiva — mas, sem dúvida, poderá influenciá-lo negativamente, fazendo de um pequeno prejuízo uma enorme perda!”

Texto extraido do livro “O Tao das Finaças” de Robert Koppel.

Veja como dominar o medo usando o “Position Sizing”

Um comentário:

Seagull disse...

Valeu Fernando!

Mais uma postagem de alta qualidade.

Obrigado por compartilhar aqui!

Grande abraço ^v^