Plus500

21.4.09

Estatais fora do Superávit do Governo


O Janus publicou no Fórum do Monitor a notícia de que a Eletrobrás deve ser a próxima estatal a ficar isenta dos esforços do governo de economizar recursos para pagar os juros de sua dívida. O assunto já está sendo discutido por técnicos dos ministérios de Minas e Energia e da Fazenda.


Na semana passada já haviam anunciado a retirada da Petrobras do esforço fiscal para pagar os juros da dívida pública, ao avisar que a meta do superávit primário do Brasil em 2009 foi reduzida de 3,8 para 2,5 por cento do Produto Interno Bruto (PIB).

Então o Sardinha perguntou se isso é bom ou ruim para os acionistas minoritários das empresas?

Sem os números da Petrobras e Eletrobras neste cálculo, a meta ficará reduzida. E o que significa isto para o governo, acionistas e empresas?

Elas estarão liberadas para investir, fazer gastos sem compromisso com os resultados nas contas federais, e, pode ser que, com isso, venham a proporcionar menores lucros. No caso da Petrobras, esta redução iminente no preço dos combustíveis deve afetar consideravelmente os balanços futuros. Mesmo que o governo abra mão de parte da CIDE, com alguma coisa a empresa vai ter que arcar. Ainda não foi determinado o percentual de redução que será aplicado aos produtos vendidos pela Petrobras - que não são ajustados mensalmente (gasolina, diesel e GLP), mas a definição sai no máximo em quatro meses.

A dimensão da queda será determinada quando os técnicos concluírem qual foi o dano sofrido pela petroleira em 2008, quando não repassou a esses combustíveis o aumento do preço no mercado internacional. Agora que os preços reverteram fortemente, seria necessário dar mais algum tempo à Petrobras.

No caso da Eletrobras o Governo Federal está retomando a construção da usina nuclear de Angra 3, após 23 anos parada, em Angra dos Reis (RJ). A licitação para o término da obra havia sido suspensa e, nesse período, o governo gastou o equivalente a 400 milhões de dólares apenas para preservar os equipamentos e o canteiro de obras.

Ou seja, com estas informações podemos perceber que haverá uma maior liberdade para aumentarem os gastos. E, em ano que precede eleição, é sempre temerário o uso descontrolado do dinheiro público, principalmente levando em conta que se trata de empresas mistas, com capital de acionistas minoritários sendo negociado em bolsa de valores.

Mas isso é um mero detalhe... os maiores dividendos não serão pagos aos acionistas em dinheiro, mas aos seus eleitores em benesses políticas!

Abs ^v^

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