Plus500

7.12.09

O Imponderável, improvável e impossível

"Não sabendo que era impossível, ele foi lá e fez".
(Jean Cocteau, artista francês)

A vida é mesmo um grande mistério. Divagando um pouco sobre o tema central desse blog - sem entretanto deixar de fazer uma associação com o mercado de capitais - é sempre importante levarmos em conta algumas situações que nos deparamos no cotidiano e envolvem também aspectos psicológicos. Todos sabemos que o controle emocional, dentre outras características, é indispensável para administração dos investimentos (principalmente aqueles de mais curto prazo que embutem maior exposição a riscos).

Cada um de nós nutre, por mais íntimos que sejam, desejos por novas conquistas. Sempre procuro enfatizar que a ambição é uma coisa necessária (desde que não extrapole a linha tênue que a separa da ganância). É a ambição comedida que nos leva a buscar prosperar, enquanto a ganância é predatória, sujeitando as pessoas a qualquer coisa para atingir seus objetivos, muitas vezes ultrapassando o limite da prudência e da ética.

Todos vivemos de expectativas, que podem ser boas ou más, e isso também difere o otimista do pessimista. Entre esses extremos ( e a figura do ilusionista, sempre propenso a enxergar o que quer), situa-se o realista, que aceita os fatos e pauta suas decisões com base na leitura isenta e imparcial dos acontecimentos.

Também é importante sermos humildes: ninguém é "dono da verdade". E esta, mais ainda na bolsa de valores, pode mudar em questão de minutos, sem mandar nenhum aviso prévio.

Portanto, voltando ao título da postagem, devemos sempre contar com o imponderável. Aquilo que, segundo o Aurélio, não tem peso apreciável, que não se pode avaliar, por ser tão sutil. Na estatística, algo com poucas chances de acontecer se torna improvável. Mas, mesmo assim, ainda há uma distância para afirmarmos que é impossível. Enquanto houver uma pequena probabalidade, por menor que seja, a esperança continua viva!

E por que estou falando isso?

Algumas semanas atrás, mencionando no Fórum do Monitor assunto off-topic (o futebol) , um colega - que não se mostrou muito esperto - resolveu apostar na queda do Fluminense para a segunda divisão, e disse que VENDERIA o nobre e guerreiro tricolor da Laranjeiras. Mas logo quando o time estava no fundo do poço, com mais de 97% de chances matemáticas de cair?

Por incrível que pareça, o nosso camarada é um torcedor do Palmeiras, que vinha, a esta altura, liderando com folgas o campeonato, mantendo-se no topo da tabela por 19 rodadas consecutivas. Mas, são nessas horas que entra o imponderável... após ler o seu infeliz comentário, eu, como moderador do espaço, e guardião das regras que solicitam evitar assuntos polêmicos - tais como futebol, religião, política (que não seja a monetária), questões raciais e afins - fui reservado no followup.

Mas em PVT, enviando email ao amigo Polycrav ( e em resposta a outros que escreveram diretamente para mim) propus um inusitado HEDGE: comprava a permanência do FLU na série A (com a opção de conquista na Copa Sul-Americana), e vendia o "virtual" título antecipado do Palmeiras, assim como colocava em dúvida a vaga no G-4 com o passaporte para a Taça Libertadores. Tudo muito improvável.

Pois é... e, "Não sabendo que era impossível, ...". rs

Mesmo assim a relação de risco/retorno, teve um custo/benefício favorável: 3x1! Só ficou faltando ganhar aquele jogo tumultuado na revanche final contra a LDU, em pleno Maracanã, para o strike ficar completo.

Apesar disso, o ano termina bem para as equipes do RJ. Um time foi campeão, outro venceu a série B - garantindo seu retorno à primeira divisão - e tanto o FLU quanto BOTA asseguraram suas participações na elite do futebol em 2010.

Então, vamos usar estes exemplos para fazer uma analogia à bolsa de valores e ao mercado financeiro. Renda Fixa, Câmbio, Commodities, Ações... todo tipo de investimento faz parte da gestão do patrimônio. O importante é manter as contas sempre equilibradas, reduzir a exposição desnecessária, e, acima de tudo, preservar o capital, pois, sem ele, estaremos fadados a ser expulsos do mercado, impossibilitados de aproveitar as melhores oportunidades para fazer crescer nossas reservas de poupança.

Mas sempre vai restar a alternativa do simulado, os trades virtuais...

Esses não enchem o bolso, mas elevam o EGO!

Prefiro as operações de verdade (na compra e na venda, sempre nas 2 pontas)... mesmo que, por vezes, a posição fique reduzida, as boletas executadas no tiro curto ainda podem movimentar positivamente nossa conta e permitir que prosperemos, aos poucos, e de forma consistente!

Abs ^v^




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