Plus500

20.8.10

Mais sobre Economia e Política

Desta vez o assunto não se restringe à política monetária. Já que estamos em época de horário eleitoral gratuito, não custa observar. Volta e meia, somos governados por vices. Triste lembrar do que aconteceu com Tancredo, que nos deu o Sarney como presidente. Depois foi o Collor, com o impeachment, que fez Itamar assumir o cargo. O seu ministro da fazenda foi feliz na adoção de um plano para dar estabilidade à nossa moeda. E vários programas sociais foram criados.

Depois do sucesso do plano Real, a cultura inflacionária do brasileiro mudou bastante. Para isso, muitas coisas precisavam ser feitas, como buscar estabelecer um equilibrio orçamentário e que as despesas públicas fossem melhor gerenciadas. Obviamente isso demora um tempo para se consolidar, mas a semente foi lançada.

Algumas privatizações ocorreram, o que estimulou o livre mercado, diminuiu a influência do Estado nas decisões destas empresas, reduziu a folha de pagamento, deu abertura para que grupos estrangeiros viessem ao Brasil - com o país ainda muito carente de investimentos em infraestrutura - e, o mais importante, acabou com o uso político dos recursos e lucros das empresas que se tornaram privadas. A Vale, por exemplo, cresceu, comprou concorrentes e aumentou sua participação mundial no setor de mineração, diversificando sua exploração de metais.

Apesar de tudo, o povo pedia por mais mudanças na área social, pleiteando uma melhor distribuição da renda. Tudo muito justo. Mas a vontade de mudar fez com que as classes de menor renda, experimentassem eleger o desconhecido, para, depois, seduzidas pelo uso político de auxílios oportunistas (apenas dando continuidade, porém com um objetivo mais eleitoreiro) garantissem um segundo mandato ao atual presidente. E o que ocorreu neste período? Mais corrupção, desvio de verbas, e uso da máquina em benefício próprio. Isto sempre existiu, dirão os mais céticos... mas talvez "nunca na história desse país" em uma escala dessa grandeza.

Pois bem... abordei esse tema por um único motivo: o retrocesso na dita economia de mercado. O Brasil cresceu nesta fase mais crítica da crise, apesar de tudo isso. A tentativa de reativar a Telebras, a má gestão na Eletrobras e suas subsidiárias na geração de energia (lembra dos blackouts?), e o aparelhamento das estatais por membros do Partido, em detrimento de competências técnicas... foi esta ineficiência que fez a maior vítima de todas: a Petrobras.

Contabilizando toda melhora do cenário interno, e a recuperação do preço das ações em bolsa de valores, justamente a Petro - com toda essa "onda" do óleo no pré-sal (e o polêmico modelo de partilha), encontra-se estagnada em suas cotações há um bom tempo. Faz que vai reagir, e logo um escândalo (ou incertezas, como este "nebuloso" processo de capitalização) a leva de volta ao piso do trading range em que trafega faz anos.

Enfim, ninguém sabe ao certo a quanto vai sair o preço do barril na cessão onerosa, mas todos desconfiam o quanto está saindo de dinheiro para financiar a campanha de sucessão do candidato oficial. Pobre dos minorítários, e coitados dos que ainda acreditam em transparência...

Não sou a favor disto ou contra aquilo... minha preferência continuará sendo sempre pelo livre mercado, e por informações acessíveis e fiéis aos acionistas das empresas de capital aberto.

Boa sorte ao Brasil!!!!

Sugiro também que leiam esses comentários da postagem anterior

17.8.10

Crescimento, produção e petróleo


Os EUA se preparam para aceitar um ritmo de crescimento menor, mas como os números divulgados da produção industrial (1%) foi o dobro do previsto, os mercados ganharam folego.
Aqui a Petrobras anunciou sua capitalização no valor de 150 bilhões de reais para 2 dias antes da eleição, no dia 30 de setembro... mas as regras continuam não muito claras. Afirmam que estes recursos serão utilizados para reduzir o endividamento da empresa e investir.



5.8.10

Gol (contra?)

E aviões no hangar!

Mais do que os interesses dos acionistas da empresa, quem não deve estar gostando nada da situação atual nos aeroportos é o passageiro. O que tem acontecido com os voos, aviões parados, falta de tripulantes, cancelamentos, atrasos, mudança na programação... e o país tem que estar preparado em sua infraestrutura para receber os atletas e fluxo de turistas que vêm para a Copa e Olimpíadas...


Será que resolvem tudo em até 4 anos?

Ninguém parece preocupado com isso em ano de eleição!

Principalmente porque os eleitores do governo não andam de avião, e seus políticos voam de helicópteros particulares ou em jatos fretados!

3.8.10

Sequência de altas

Até esqueci quando foi a ultima vez que a Bovespa fechou no negativo...

A Vale foi grande responsável por esta arrancada, e hoje, apesar do clima morno, quem está acelerando é a Petrobras, quase de volta aos 30! As opções OTM responderam a isso, com força.

Depois das negociações em Telecom, o mercado ficou ressabiado com a Oi. TNLP4 na faixa de 24/26 parece um bom ponto de compra, mas o gráfico está sinistro. A LTA passa perto de 24, onde também seria a base de um suposto OCO. Como esse ativo gosta de andar na contra-mão é para ficar de olho nele...