Plus500

9.8.11

Gráficos e fundamentos

Depois de mais essa precipitação anunciada nas bolsas, com o recrudescimento da crise mundial, o lado psicológico do investidor ficou muito abalado, e a credibilidade na recuperação da economia bastante prejudicada.

Nessas horas lembramos das análises tendenciosas. O critério é "jogar a favor" dos seus interesses. Se não funcionar, basta um sumiço providencial para cair em esquecimento. Até porque tem muita gente que perde grana seguindo as orientações desses "mestres, magos, gurus, vacas sagradas..." da obra pronta.

Sobre esse aspecto, nunca me apresentei como "analista". Eu gosto de estudar o mercado e comentar minhas impressões. Mesmo que seja um comentarista do dia seguinte, olhando os fatos pelo retrovisor... mas sempre atento aos acontecimentos atuais e seus desdobramentos futuros.

Na minha filosofia operacional, eu também utilizo os gráficos. Porque se 30% do mercado segue as indicações da análise técnica, esta não pode ser totalmente desprezada. Mas prefiro usar com moderação... afinal, certos estudos beiram o ridículo, tentam parecer mágica, traçam tantas linhas de tendência, fibonaccis... que uma hora eles acabam acertando!

Então, qual será o próximo suporte, onde está o fundo?... Isso agora não é o mais importante. Penso que, para quem realizou lucro na faixa de 70k e está capitalizado para novas investidas, uma filtragem das ações que estão com preço cotado abaixo de seu valor patrimonial deve ser avaliada. E quais seriam estas? Agora, várias... vale pesquisar os fundamentos, prospectar os maiores dividend yields. Vale lembrar que as empresas de capital aberto devem distribuir ao menos 25% de seu lucro entre seus acionistas!

Ninguém dá dinheiro de graça... e só existem duas hipóteses de ajuste para tais distorções no mercado: ou o preço da ação sobe para empatar com o VPA; ou este vai cair! Mas isso só acontecerá se a crise extrapolar todos os limites, a economia global sucumbir de vez, e as empresas pararem de produzir e vender (não deixa de ser uma possibilidade).

O fato é que mesmo com a Europa mal das pernas - Espanha com desemprego de 20%, Itália no mesmo caminho, Grécia, Portugal, Irlanda... quebrados - o BCE também possui a sua maquininha de fabricar dinheiro. E nunca podemos subjugar o poderio norte-americano. Tirando as brigas políticas pelo poder, a capacidade de reação desta potência não pode ser desprezada.

Enfim, o momento é bom para desenvolver novas estratégias, redistribuir os assets, equilibrar o portfólio de forma ponderada... pânico e desespero não ajudam em nada! A hora é de racionalizar os procedimentos em busca do melhor resultado para as suas finanças de acordo com o perfil ( e tolerância ao risco) de cada um.

Boa sorte... e melhoras!




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