Plus500

28.12.11

Vai subir!


Essa contagem só vai para frente! Tendência de alta eterna... um ano após o outro.


Faltam 3 dias para terminar 2011, e mais 365 para chegar 2013.

O importante é que a cada ano a gente possa evoluir, e nosso patrimônio continue aumentando, independente da bolsa subir ou cair.

Nesta virada, que os fogos subam bem alto, e não faltem "artifícios" para manter o mercado funcionando. Muita saúde (inclusive financeira), sucesso (na vida e nos negócios), e prosperidade em todos os sentidos.

Feliz 2012 e um ótimo ANO TODO!


26.12.11

Para onde vai nossa riqueza?


O Brasil passou o Reino Unido (ou foi este que caiu?), e vai fechar 2011 como a 6ª maior economia do planeta!

Essa foi a manchete nos principais jornais da Grã-Bretanha, incluindo o The Guardian e Daily Mail.

Isso é muito bom... ficar atrás apenas dos EUA, China, Alemanha, Japão, França. É a primeira vez que uma nação sul-americana fica na frente de um país europeu. Enquanto o velho continente sofre com a falta de credibilidade nas instituições financeiras, despontamos como uma vasta fonte de recursos naturais aliada ao crescente mercado interno.

Mas e daí?... que fim está sendo dado às riquezas que produzimos. Melhoramos nosso índice de desenvolvimento humano?... a população miserável diminuiu (graças aos programas assistencialistas do governo?)... a expectativa de vida do brasileiro aumentou (o sistema de saúde evoluiu?)... houve redução nos níveis de analfabetismo - as escolas estão mais bem estruturadas e os professores ganham bem?... temos uma segurança pública confiável?... os meios de tranporte são eficazes?... acabaram com a corrupção e a impunidade deixou de existir?

Continuamos gastando dinheiro (2/3 do PIB) com o pagamento da dívida - eterna?, aposentadorias e pensões, sem falar no custeio e despesas da "máquina" e seus funcionários... basta ver esse gráfico abaixo com o orçamento para 2012.


Quem sabe um dia a distribuição de verbas seja mais racional e novos investimentos em serviços básicos e essenciais possam fazer do Brasil a potência que sempre prometeu para o futuro!

Enquanto isso, o mercado segue no vai-e-vem, e ninguém está livre de uma maior deterioração no cenário econômico mundial. Pouco adianta ter 450 bilhões de dolares em reservas, quando os bancos centrais continuam emitindo dinheiro sem lastro e desvalorizando suas moedas. O FMI já declarou que a situação é perigosa!

Enfim... passado o Natal, entramos em contagem regressiva para o próximo ano.

FELIZ ANO TODO - e sempre!


22.12.11

Acendem-se as luzes

Para um ano que passou "voando"...

Árvore da Lagoa Rodrigo de Freitas, Rio de Janeiro

Final de ano, época de festas, reflexões, agradecimentos e uma nova chance de mudar - ou aprimorar o que está dando certo. O Natal sempre traz lembranças (boas ou ruins), saudades dos que não estão mais conosco, e a dávida de poder unir as famílias e pessoas queridas no presente.

Presentes? Este é o lado comercial da festa, totalmente dispensável. Fartura à mesa... que todos tenham o que comer durante o ano inteiro. Saúde para vivermos com qualidade. Educação que nos permita compreender o mundo. Paz entre os povos do planeta (afinal, somos um só!). Que o mercado se consolide e encontrem uma solução factível para os problemas financeiros e econômicos dos EUA e Europa de forma a que o mundo volte a prosperar. Mas o que resume o espírito de Natal é o AMOR... e o objetivo maior: a FELICIDADE!

Meus sinceros e melhores desejos aos amigos.



^v^

14.12.11

E o rally de Natal...




Parece que em 2011 Papai Noel encontrou dificuldades para fazer seu trenó subir...













Então decidiu "montar" a rena, o páreo correu... e ainda não foi dessa vez.


Tentaram levá-lo na carona em um carro de rali, mas este não decolou...


O jeito seria ocupar Wall Street, e trazer de volta a prosperidade ao mercado.


Sabe quando isso vai acontecer?


Feliz Natal.

9.12.11

Mais um indicador


A queda no consumo é um fato determinante no resultado do PIB. O povo já está com sua capacidade de endividamento esgotada, e pior, já não está conseguindo mais honrar os compromissos anteriormente assumidos.

Isto fica claro com a aumento progressivo da taxa de inadimplência, que fecha o ano beirando 10%. O incentivo aos gastos através do crédito farto e os juros abusivos fizeram o valor das dívidas crescerem exponecialmente. Confrontando com o mês anterior, esta é a décima elevação consecutiva... onde isso vai parar?

"A economia está passando por um período de instabilidade devido à crise externa. Diante desse cenário adverso, consumidores e empresários estavam menos confiantes. No mais, o encarecimento do crédito, com o aumento da taxa de juros, contribuiu para a elevação no número de registros" - esta foi a conclusão da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) em conjunto com o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil).

Deve-se ainda considerar que a metodologia aplicada pela CNDL não inclui gastos com cartões de crédito - responsáveis por 20% do volume total de operações, porém, sua base de dados incorpora os grandes e pequenos varejistas, envolvendo a consulta em mais de 150 milhões cadastros de pessoa física (CPF) de consumidores em 800 mil pontos de vendas credenciados.

Com a iminência de mais um acordo na Europa para haver maior disciplina fiscal e tentar evitar, desta forma, que a crise da dívida soberana enfrentada atualmente pela região se repita, os mercados reagem positivamente. Mas o que mudou? Entre altas e baixas, analisando graficamente, os fundos e topos continuam decrescentes, característicos de uma tendência de queda. Na melhor das hipóteses, as bolsas permanecem de lado, com muito boa vontade!

Fica mesmo difícil depender exclusivamente da China como fator de propulsão da economia global. Os investidores estão à espreita por números fiéis, tanto no que se refere à inflação do país, quanto à capacidade industrial de uma economia que absorve grande parte das commodities produzidas em todo o mundo.

E os Estados Unidos se voltam pela expectativa da divulgação dos dados preliminares sobre a confiança do consumidor referentes ao mês de dezembro. Por sorte e felicidade, vem chegando o Natal... que o "espírito divino" e o marketing agressivo façam a festa dos comerciantes, e o fechamento de mais um ano traga esperanças de melhoras para a combalida saúde financeira dos americanos.

O resto do planeta também está na torcida... já que todos dependem do sucesso no controle da crise.

Boas festas!


8.12.11

Análise Estatística: Reversão à Média

Você já se encontrou na seguinte posição:

Está comprado em determinado ativo, os preços ao longo de vários dias começam a cair, dia após dia, até o momento em que aquilo que foi ganho a custo de meses se perde em uma fração desse tempo.

Nesse momento existem dois tipos de raciocínios comumente usados:

1) Se o preço está caindo dia seguido de dia por tanto tempo, é bem provável que amanhã ele caia de novo. Melhor vender minha posição.

2) Não é possível que depois do preço ter caído por tanto tempo, ele continue caindo. Ficarei comprado esperando a correção do preço.

Bem, nenhum dos dois raciocínios está necessariamente certo ou errado. Saber com certeza quando uma queda ou alta de preços entrará em reversão ou manterá seu movimento é o Santo Graal de qualquer mercado financeiro, e assim permanecerá por muito tempo, pois tal certeza é impossível.

Mas isso não significa que nós não podemos nos divertir tentando. Então vamos fazer uma análise sobre um experimento. Olhe para este gráfico, o que você vê?


Se você disse que esse é o nosso IBOV desde 1998, parabéns você acertou! Embora eu me pergunte sobre quais são as implicações desse fato sobre a sua vida social... Ao mesmo tempo raciocínio análogo poderia ser feito sobre a minha vida dado que sou eu escrevendo agora num domingo à tarde, mas esse é assunto para outro artigo improvável.

Poderia se dizer que esse é um gráfico de um ativo com tendência de longo prazo de preço crescente com várias oscilações ao redor dessa média, ou expresso em outro gráfico, poderia se dizer que esse gráfico também poderia ser visto assim:

Repare que sempre que o IBOV está abaixo da linha vermelha, que é a sua linha de crescimento médio, ele eventualmente cruza ela para cima. E sempre que está acima ele cruza ela para baixo. Isso sinaliza uma tendência de reversão à média? Será que o IBOV como indicador direto de mercado financeiro, e indireto da economia apresenta um comportamento dócil no longo prazo com oscilações em curto prazo? E se sim, seria possível operar em cima disso?

Vamos fazer uma simulação rápida.

Simulação

Vamos pegar os dados de fechamento do IBOV (A) desde 1998 até 2010.

Para toda essa série será interpolada uma função exponencial (B), o que significa uma reta estando o gráfico em escala log.

Para cada dia teremos A/B. Quando essa razão ficar abaixo de PC (Patamar de Compra) nós ficaremos comprados, quando ficar acima de PV (Patamar de Venda) ficaremos vendidos.

Hipóteses: Ordens limitadas, ausência de custos transacionais, liquidez perfeita.

Resultados

Qual o ganho que seria obtido para vários valores de PC e PV?

Os resultados estão expressos em G/N.

G = ganhos em múltiplos (quantos R$ você teria se tivesse começado com R$1)

N = Número de operações realizadas no período

PC\PV

1.1

1.2

1.3

1.4

0.6

26.5 / 7

60.7 / 7

82.4 / 7

107 / 7

0.7

16.2 / 7

39.1 / 7

53.7 / 7

70.5 / 7

0.8

7.4 / 7

19.9 / 7

28.3 / 7

37.9 / 7

0.9

6.9 / 9

12.4 / 7

18.0 / 7

24.6 / 7

A pior combinação rendeu ganhos de 6,9x, o que é equivalente a estratégia neutra de ter ficado comprado em IBOV durante o período.

“Uau! Então essa é uma estratégia que apresenta ganhos bem superiores aos ganhos da média do mercado com freqüência inferior a uma operação por ano? Finalmente poderei me aposentar aos 40 anos com minha esposa e filhos numa mansão no Havaí e um mordomo chamado Clemêncio?”

Não tão rápido, existe uma hipóteses implícita na maneira como foi feita a simulação. Repare que a cada dia eu divido o valor de fechamento do IBOV pelo valor da sua curva interpolada, só que essa curva foi interpolada com base em todos os dados do IBOV até 2010. Mas antes dessa data eu não teria esses dados e, portanto não teria essa curva. Essa simulação nada mais fez do que pegar dados passados e otimizar dentro de um determinado modelo.

Novo experimento

Para analisar essa estratégia sem esse erro será necessário ter uma referência usando os dados até um determinado momento apenas. Ou seja, se eu estou em 23/06/2007, eu só posso usar os dados que possuo até hoje, então a minha interpolação deverá ser feita até hoje e atualizada dia após dia, conforme eu recebo novas informações.

Ela continuará a ser feita com uma função exponencial, mas agora os seus parâmetros serão ajustados ao final de cada dia, todo dia. De maneira que ao final de cada dia teremos um valor de referência (curva interpolada) que nos dará o melhor valor até então. A nova curva fica assim:

Antes de fazer uma nova simulação, vamos ver se os dados nos apontam para algum lugar.

Análise

Primeiro vamos ver se existe alguma relação entre a variação do preço do dia seguinte (D+1) e com a nossa razão A/B (preço de fechamento hoje / preço fechamento de referência):

Análise por coeficiente de regressão linear (R): R < 1%, parece que não.

Vamos ainda usar esses dois valores (var D+1, A/B) e calcular a variação média de “var D+1” para dentro de certos intervalos de A/B. A média será calculada usando média geométrica.

intervalo de A/B


<

0.7

0.36%

0.7

0.8

0.02%

0.8

0.9

-0.22%

0.9

1

-0.09%

1

1.1

0.14%

1.1

1.2

0.00%

1.2

1.3

0.26%

1.3

1.4

0.09%

1.4

>

-0.01%

Também não há nenhum padrão identificável nessa tabela. Se houvesse tendência de reversão à média do IBOV ele deveria apresentar valores claramente decrescentes nessa tabela.

Para satisfação de curiosidade vamos ver qual seria o ganho obtido com o novo modelo de referência usando a simulação feita no começo do artigo.

PC\PV

1.1

1.2

1.3

1.4

0.6

0 / 7

0.32 / 6

1.15 / 6

2.94 / 6

0.7

0 / 6

0 / 6

0 / 6

0.51 / 6

0.8

0 / 9

0 / 8

0 / 6

0 / 6

0.9

0 / 9

0 / 8

0 / 6

0 / 6

* Os campos onde aparece ganho = 0 significam que se teria perdido todo o dinheiro, isso aconteceria em qualquer momento onde se ficasse vendido enquanto o preço dobrasse.

Conclusão

O que aprendemos com tudo isso? Que muitos números e gráficos fazem a cabeça doer? Também, mas o principal é que é necessário muito cuidado quando se for analisar determinada estratégia de operação baseada em simulação com dados passados. O cuidado deve ser empregado em se usar dados apenas quando estes apareceram no tempo, fazer simulações usando um parâmetro que foi otimizado em toda a escala temporal e depois aplicado numa simulação regressiva tem um nome: Otimização.

Otimização é ótima quando se está brincando com algum experimento teórico e se quer ver números gigantescos, mas é extremamente perigosa quando se procura por parâmetros de operação que serão usados no presente. Se for simular uma operação da data X até data X+n, verifique se em qualquer data intermediária você está usando apenas dados existentes até então!

Bruno Peruchi

Dúvidas, críticas e sugestões: bruno.peruchi@hotmail.com


Artigo publicado originalmente no Monitor Investimentos

7.12.11

Produto Interno Bruto

Chamam de estável um crescimento igual a ZERO... na minha leitura isso representa estagnação da economia... e, caso a retomada não venha nos próximos meses, o que cresce é o risco de desemprego no país.

Além da queda no ritmo das indústrias, que diminuiu a importação de máquinas - fazendo a balança apresentar um saldo favorável no 3º trimestre, a redução mais sensível foi no consumo das famílias. Tudo como previsto... aos primeiros sinais da crise internacional, com o governo trabalhando firme pela sucessão do Lula, houve um incentivo ao consumo irresponsável para manter os índices de crescimento dentro das expectativas (deles!).

Em um momento onde o mais sensato seria fomentar a poupança interna para períodos de maior dificuldade, o que se viu foi um estímulo aos gastos, com redução do IPI em diversos produtos (carros, linha branca, etc), queda dos juros e prazos de financiamentos mais dilatados - chegaram a oferecer pagamento em 60 vezes para alguns casos.

Em decorrência disso, hoje, passados 2 ou 3 anos, a renda familiar de boa parte da população está completamente comprometida com os parcelamentos assumidos a perder de vista. Sem falar que os juros cobrados pelos cartões e cheques especiais continuam exorbitantes, beirando o absurdo, quando se trata de uma economia em busca de estabilização.

Quem salvou a lavoura, literalmente, foi a agropecuária, que cresceu 3,2%... caso contrário o resultado seria ainda pior. Apesar das áreas de plantio terem se reduzido, a mandioca (também conhecida como macaxeira, aipim...) deve apresentar uma expansão na casa dos 7%, segundo o IBGE. Tomara que não seja um prenúncio de onde o povo vai se sentar no futuro.

Junte ao descontrole nos gastos públicos, o loteamento de cargos nos principais escalões, as despesas com barganhas políticas entre os partidos da base aliada - para aprovação do polêmico Código Florestal e o projeto de construção de hidrelétricas na Amazônia (incluindo Belo "Monstro"), a disputa pelos royalties do petróleo - porque compartilhar o vazamento de óleo e os prejuízos ambientais com o Rio de Janeiro ninguém quer, novas e seguidas denúncias de corrupção, desvios de verbas, propinas exigidas de ONGs, queda de ministros, e a protelada reforma no governo, fica fácil constatar que a maré não anda muito boa em Brasília.

Do outro lado do planeta e no hemisfério norte, no grupo antes conhecido como Primeiro Mundo, os países desenvolvidos também sentem os reflexos da retração na economia global. Depois de tirarem o triple A dos EUA, agora as agências de classificação de risco "ameaçam" rebaixar 15 (quinze) economias da "zona" do Euro. O que Grécia e Itália têm a ver com França e Alemanha? Vai sobrar pra todo mundo! Enquanto isso, continuam tentando fazer as bolsas subirem (artificialmente?)...

É impressionante... apesar de situações econômicas e culturas tão distintas, misturaram tudo no mesmo saco. Bem fez o Reino Unido, que aderiu à comunidade mas manteve a libra esterlina como sua moeda. Ainda assim não está imune... nem a "Pound".

Juntaram os maiores bancos centrais para tentar cobrir o rombo da Europa. Essa contabilidade é maquiada com números inventados, ou vivemos - assim como o mundo parece virtual - uma economia fictícia? Hoje a riqueza é representada pela evolução do PIB... e com a tendência da produção mundial indicando queda, vai faltar lastro.

Enfim, mesmo com os pedidos de empréstimo por parte do FMI, o Brasil ainda possui U$ 450 bilhões em reservas... isso dá uma sensação de conforto no início, mas é pouco se levarmos em conta a quantidade de dinheiro que os EUA já colocaram no mercado para segurar a crise.... o volume impresso pelas casas da moeda permite qualquer mágica contábil. A fatura com a cobrança virá, mais cedo ou tarde.

Faz tempo que venho recomendando uma estratégia defensiva de forma a proteger o patrimônio. E continuo tranquilo... ainda mais com o Mantega afirmando que a desaceleração é passageira... então o problema só pode estar nos tripulantes dessa "nave" Brasil.... Pindorama, Ilha de Vera Cruz, Terra de Santa Cruz... Credo!

Como temos (?) muita sorte, no final vai dar tudo certo! Assim espero.